segunda-feira, 30 de julho de 2018

Bem vindo ao blog Painel Arquitetura & Ambiente

Amigo leitor,

Este blog pretende ser um repositório de todas as questões a serem tratadas na disciplina Estudos Socioeconômicos e Ambientais, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Tecsoma. Aqui você poderá encontrar a matéria ministrada nas aulas, textos de referência, avisos, assim como uma boa diversidade de materiais de aprofundamento de estudo.

A disciplina Estudos Socioeconômicos e Ambientais II será, na medida do possível, contextualizada; isto é, os temas genéricos de conhecimento científico serão discutidos à luz da realidade da cidade em que vivemos – Paracatu. Neste sentido, será exigida dos alunos uma atitude participativa, porque precisarão utilizar os conteúdos ministrados para a exploração e o conhecimento da realidade local.

Paracatu, assim como a maioria das cidades brasileiras, experimentou recentemente um grande crescimento populacional e econômico, mas também um descompasso com as condições gerais da qualidade de vida, incluindo-se a insuficiência da estrutura de bens de consumo coletivo, moradias, educação, saúde e saneamento, e gerando intensa degradação do ambiente natural.

As questões ambientais constituem-se um dos temas considerados globais, havendo uma tomada de consciência universal da gravidade em torno delas, uma vez que a falta de soluções ameaça a própria existência humana.

O que a arquitetura e o urbanismo têm a ver com isso? Esta pergunta norteará a nossa prática de ensino-aprendizagem ao longo deste semestre. Ao inserir esta temática no programa do curso de Arquitetura, através da disciplina Estudos Socioeconômicos e Ambientais, a Faculdade Tecsoma espera formar arquitetos urbanistas conscientes da existência de um estado de crise sócio-ambiental, cuja superação exige mudanças profundas na sociedade brasileira, não apenas nos padrões tecnológicos, científicos e consumo por parte da sociedade, mas na própria forma de gestão do Estado democrático. Você, seja como arquiteto urbanista ou como cidadão, faz parte dessas mudanças.

domingo, 29 de julho de 2018

Como elaborar trabalhos acadêmicos

Material extraído e modificado de:
ROCHA, Luiz Carlos de Assis.
Como elaborar trabalhos acadêmicos, 2.a ed.
Belo Horizonte : Ed. do Autor, 2001.


Para se publicar um texto técnico-científico, é necessário que sejam seguidas certas normas técnicas. No Brasil, essas normas são estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Toda produção escrita relacionada com o curso superior, fruto de pesquisa ou reflexão, recebe a denominação geral de trabalho científico ou trabalho acadêmico. São exemplos de trabalhos acadêmicos: dissertações de mestrado, teses de doutorado, livros, artigos de periódicos, ensaios, resenhas, relatórios, resumos, etc. Nas diversas publicações que tratam da editoração de trabalhos acadêmicos, ou mesmo nas normas da ABNT, não há qualquer referência explícita à elaboração de trabalhos de alunos de graduação e de pós-graduação. É preciso considerar, no entanto, que é no curso superior que os alunos começam a despertar o interesse pela publicação dos mais variados tipos de trabalhos acadêmicos. É necessário, portanto, que os trabalhos escolares, desde os primeiros anos do curso superior, sejam elaborados de acordo com as normas vigentes, a fim de que o aluno possa ir dominando aos poucos essa técnica de editoração, tão importante no meio acadêmico.

Como não há uma denominação consagrada para os trabalhos de alunos que são feitos durante o curso de graduação e pós-graduação, daremos a eles o nome de trabalhos acadêmicos stricto sensu, ou simplesmente, Trabalhos Acadêmicos (TA’s).

O presente trabalho tem como objetivo:
a)      Apresentar as características gerais de um TA;
b)      Facilitar a vida acadêmica dos alunos de graduação e de pós-graduação, oferecendo-lhes um guia prático e objetivo de consulta para a elaboração de TA’s.
c)      Iniciar o aluno de curso superior nas técnicas de elaboração de TA’s, o que, sem dúvida facilitará e incentivará as suas atividades de pesquisa.

Para a consecução desses objetivos, baseamo-nos em bibliografia especializada (indicada no final deste trabalho) e especialmente nas normas da ABNT. (...) Para não nos perdermos em minúcias, estamos nos baseando principalmente na NBR 6023, publicada em agosto de 2000 pela ABNT, cuja referência bibliográfica completa se encontra no final deste trabalho (ABNT, 2000).

TA’s: CARACTERÍSTICAS GERAIS

Um TA é um trabalho que apresenta um tema bem delimitado e um objetivo definido. Não deve ser apenas a compilação de posições a respeito de um assunto, mas a descrição de um tema ou de um fenômeno determinado ou ainda a tentativa de solução de um problema específico.
Um TA deve apresentar as seguintes partes: folha de rosto (cf. item 3.14), texto (corpo do trabalho) e referências bibliográficas (cf. item 6).

O texto do TA deve apresentar, explicitamente ou não, uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.

A introdução deve ser clara, breve e direta, contendo principalmente a justificativa (o que leva o aluno a fazer o trabalho?) e o objetivo (o que pretende o aluno demonstrar no trabalho?). Toda introdução deve apresentar, ainda que implicitamente, uma proposta, uma pergunta, uma dúvida ou uma hipótese.
O desenvolvimento pode ser dividido em partes, como: metodologia aplicada, conceitos teóricos indispensáveis à compreensão do trabalho, exposição, análise e interpretação dos dados, conclusões parciais, etc.

A conclusão é uma retomada do objetivo exposto na introdução. O aluno poderá recolocar, de maneira sucinta, as conclusões parciais do desenvolvimento e apresentar uma conclusão final do trabalho.

O TA deve ser escrito em linguagem técnica, neutra, concisa, devendo-se evitar palavras, expressões e frases coloquiais (características da linguagem oral, como bem, então), subjetivas (eu acho, na minha opinião) e/ou intensificadoras (muito, expressamente). Como norma, deve-se sempre preferir os termos técnicos aos não-técnicos. Também como norma, deve-se cortar tudo o que for dispensável, podando-se o texto de termos e expressões inúteis.

Na elaboração do TA usa-se o português padrão, ou culto, devendo o aluno  tomar cuidado com todo tipo de erro, desde os mais simples (ortografia, por exemplo), até os mais complexos (estruturação do período, concordância, coesão, coerência, etc.) Entendemos por língua padrão aquela que é usada nos termos técnicos, científicos e informativos e que estão configurados nos livros, artigos, trabalhos e documentos técnico-científicos, na chamada redação oficial (ofícios, cartas, memorandos, relatórios, requerimentos, abaixo-assinados, leis, decretos, etc.), na redação comercial, nos manuais de instrução, nos impressos informativos e congêneres. Trata-se, enfim, de textos que façam uso, primordialmente, da linguagem denotativa, representativa e informativa, sem intuitos ambiguizadores, irônicos, pejorativos, artísticos ou provocativos, como é a linguagem literária, por exemplo.

A clareza e objetividade são itens essenciais nos TA’s. Recomenda-se aos alunos que usem frases curtas, tomando um cuidado especial com a pontuação (na dúvida, pontue). Os TA’s, por serem textos de menor porte, não devem apresentar notas de rodapé, notas no fim do trabalho, epígrafes, índice, sumário e resumo. Para esclarecimentos sobre esses itens, o leitor deve consultar uma bibliografia especializada, como FRANÇA et al. (1998).

Todo TA (bem como todo artigo, tese, livro etc.), como dissemos anteriormente, deve seguir as normas da ABNT. Para que isso seja possível, o TA deve ser digitado em computador. Assim, o aluno aprenderá a usar as normas técnicas e o professor poderá corrigir os trabalhos adequadamente. Mesmo que em alguns cursos de graduação e de pós-graduação não haja uma disciplina que trate especificamente desse assunto, é necessário que os alunos e os professores se conscientizem da necessidade de se redigirem os TA’s de acordo com as normas vigentes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Rio de Janeiro. Informação e documentação: referências – elaboração: 6023: 2000. Rio de Janeiro, 2000.


FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 4. ed. rev. e aum. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998.

Inhotim - uma das maravilhas de Minas Gerais

Quer conhecer o maior acervo de Arte Contemporânea do mundo?
Quer conhecer um parque ecológico estabelecido sobre uma área degradada pela mineração?
Quer conhecer um conjunto arquitetônico integrado com as belezas naturais?
Quer conhecer um projeto paisagístico assinado por Burle Marx?
Quer conhecer um lugar que vai querer visitar muitas vezes?

Vamos lá, clique em Inhotim, porque ele é tudo isso!