sexta-feira, 26 de abril de 2019

ATIVIDADE ORIENTADA 4-2019

TÍTULO DO TRABALHO: Indicadores de Qualidade de Vida Urbana.

OBJETIVO: Conhecer a cidade e desenvolver a compreensão de que ela é formada de espaços diferenciados por suas características urbanísticas estreitamente ligadas às condições socioeconômicas de suas populações e tirar conclusões objetivas sobre o uso e ocupação do solo, a mobilidade urbana e a acessibilidade urbana.

NATUREZA DO TRABALHO: Seminário em grupo.

TEMPO ESTIMADO DO TRABALHO: 5 horas/aula.

VALOR DO TRABALHO: 3,0 pontos. O aluno que não comparecer e participar ativamente do Seminário sua nota será zero.

NOTA: A nota será dividida em: 

1) 1,0 ponto para o conteúdo do arquivo eletrônico da apresentação a ser utilizada no Seminário; 
2) 2,0 pontos para a apresentação no Seminário. 

A nota da apresentação será individual, levando-se em consideração a participação de cada aluno no Seminário. É exigida a presença dos alunos durante todo o Seminário; o aluno que se ausentar da sala durante a apresentação será penalizado na nota final.

ENTREGA DO ARQUIVO ELETRÔNICO: Impreterivelmente até a data do Seminário, o grupo deverá entregar o arquivo eletrônico da apresentação em Power Point através do e-mail professormarciosantos@gmail.com.

DATA:

12 de junho - Apresentação dos trabalhos dos grupos de alunos de Cristalina e Unaí, nesta ordem.


19 de junho - Apresentação do trabalho do grupo de Paracatu.

DESENVOLVIMENTO

A partir dos dados e do relatório elaborado na Atividade Orientada 2, o grupo de alunos deverá fazer uma exposição oral em sala de aula, com apresentação do conteúdo em Power Point, submetendo-se aos questionamentos dos colegas e do professor. Deverão ser abordados todos os indicadores urbanísticos obtidos no bairro onde foi realizado o levantamento de campo (condições de pavimentação das ruas; condições do calçamento; arborização das ruas; esgoto de águas pluviais; esgoto doméstico; depósitos de entulhos e de lixo em lotes vagos e/ou nas ruas e lançamento de esgoto a céu aberto; escolas; posto de saúde; transporte coletivo e identificação dos logradouros).

A apresentação em Power Point deverá conter: resumo, objetivo, introdução / justificativa, materiais e métodos, resultado da pesquisa, conclusão e referências / obras consultadas.

O tópico Conclusão deverá apresentar os seguintes aspectos do bairro: a) uso e ocupação do solo; b) qualidade dos indicadores urbanísticos; c) mobilidade urbana, d) acessibilidade urbana e e) indicação prática, objetiva e viável da intervenção urbanística requerida para a melhoria da qualidade de vida da população do bairro objeto do levantamento.



GRUPOS: Permanecem os mesmos grupos formados para a Atividade Orientada 2.

ATENÇÃO: O aluno deve ter sempre em consideração que este trabalho é uma atividade orientada. Sendo assim, o professor estará disponível para orientação em todas as etapas. Entretanto, é o aluno quem deve solicitar orientação, caso necessite. A solicitação de orientação deve ser encaminhada por e-mail e o prazo de resposta é, salvo força maior, de 24 horas.

ATIVIDADE ORIENTADA 3-2019



TÍTULO DO TRABALHO: O Respeito à Lei da Acessibilidade.

OBJETIVO: Proporcionar ao aluno conhecimento prático e objetivo da Lei de Acessibilidade e sua aplicação por parte da autoridade pública e de particulares e fundamentar aspectos básicos do exercício profissional ligados à arquitetura e urbanismo e ao exercício da cidadania.

NATUREZA DO TRABALHO: Trabalho de campo individual.

TEMPO ESTIMADO DO TRABALHO: 5 horas/aula.

VALOR DO TRABALHO: 2,0 pontos.

NORMAS GERAIS: O trabalho deverá ser formatado em Word, fonte Arial 12, espaçamento simples, e seguir todas as normas de apresentação de trabalho acadêmico. Atenção especial para a norma culta da língua portuguesa.

ENTREGA DO ARQUIVO ELETRÔNICO: Impreterivelmente até 29 de maio de 2019, através do e-mail professormarciosantos@gmail.com.

DESENVOLVIMENTOO aluno deverá fazer o levantamento ’in loco’ do prédio onde funciona a sede da Prefeitura Municipal da cidade onde reside e verificar no seu interior e no entorno o respeito à Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/2000), a qual estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, identificando todas as facilidades e barreiras ali existentes. O mesmo deverá ser feito nas edificações onde funcionam a Faculdade Tecsoma e a Faculdade FINOM. O trabalho deverá, ao final, estabelecer um comparativo entre os dados colhidos nos dois levantamentos. 

ATENÇÃO: O aluno deve ter sempre em consideração que este trabalho é uma atividade orientada. Sendo assim, o professor estará disponível para orientação em todas as etapas. Entretanto, é o aluno quem deve solicitar orientação, caso necessite. A solicitação de orientação deve ser encaminhada por e-mail e o prazo de resposta é, salvo força maior, de 24 horas.

GABARITO DA VA 2-2019


Questão 1Uma questão em planejamento urbano que causa grande polêmica é se as cidades deveriam crescer mais compactas ou esparramadas, verticalizadas ou horizontalizadas.
Avalie as afirmações abaixo e assinale a correta.
A. Se no modelo de cidade compacta os percursos são menores, a densidade de tráfego tende a ser menor, diminuindo os fatores de emissões de gases dos veículos (g/km).
B. Se no modelo de cidade compacta os percursos são menores, melhoram as condições de dispersão atmosférica e diminui a intensidade da ilha de calor.
C. Se no modelo de cidade esparramada os percursos são maiores, o trânsito é menos livre, aumentando os fatores de emissões.
D. As cidades esparramadas têm como resultado o aumento da infraestrutura viária, da necessidade do uso de veículos particulares para os deslocamentos e maior gasto para o transporte coletivo público.
E. Nas cidades esparramadas os congestionamentos são maiores, a densidade de tráfego tende a ser maior e com ela os fatores de emissões (g/km).

Questão 2 – “O rápido crescimento populacional sempre foi acompanhado pelo desempenho econômico das atividades comerciais e industriais assim como a modificação do uso e ocupação do solo. O resultado disso é a extrapolação dos potenciais de urbanização que reflete na degradação ambiental e alterações climáticas na área urbana, devido ao aumento da permeabilização do solo, redução da vegetação natural juntamente com elevado índice construtivo, cuja solução constitui uma das maiores preocupações da atualidade sob a perspectiva de um desenvolvimento sustentável.”
(Mônica Kofler Freitas. O Padrão de Ocupação das Cidades e a Qualidade Ambiental. Obtido em: http://noticias.ambientebrasil.com.br/artigos/2006/10/18/27270-o-padrao-de-ocupacao-das-cidades-e-a-qualidade-ambiental.html)

Avalie as afirmações sobre planejamento urbano a seguir e estabeleça a relação entre elas.
I. O modelo de cidade compacta é um exemplo de distribuição espacial com maior densidade populacional
PORQUE
II. O modelo de cidade compacta induz a verticalização e possibilita percursos mais curtos.
A respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
A.   As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
B.   As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
C.   A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D.   A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E.   As asserções I e II são proposições falsas.

Questão 3 – “O que é o espaço urbano? Como ele é produzido? Quem o produz? Essas são questões essenciais que precisamos estudar para compreendermos a cidade e o urbano. Segundo Corrêa (2004), o espaço de uma cidade capitalista constitui-se no conjunto de diferentes usos da terra urbana. Este complexo conjunto de usos da terra urbana é o que os geógrafos e urbanistas denominam de a organização espacial da cidade ou, simplesmente, o espaço urbano.” 
(Regina Celly Nogueira da Silva e Celênia de Souto Macêdo. A produção do espaço urbano. Universidade Federal do Rio Grande do Norte/Universidade Estadual da Paraíba.)
Avalie as questões sobre o espaço urbano a seguir e assinale a alternativa que apresenta apenas afirmações corretas.
I. São os deslocamentos que irão definir as áreas no interior do espaço urbano, como o centro da cidade, as áreas industriais, o local de concentração de atividades comerciais, os bairros residenciais.
II. As áreas distintas em termos de forma e conteúdo social mantêm relações espaciais entre si através dos usos que as pessoas fazem do espaço urbano.
III. As relações espaciais urbanas se manifestam, na prática, através dos deslocamentos que as pessoas realizam cotidianamente no interior da cidade.
IV. O espaço urbano é resultado das relações sociais que se estabelecem na sociedade capitalista, um reflexo social, profundamente desigual.
São corretas as afirmativas:
A. I e II           B. II e III         .C. I e III
D. III e IV       E. II e IV        


Questão 4“O crescimento acelerado das cidades, principalmente de meados do século passado para os dias de hoje, trouxe inúmeros efeitos negativos para seus moradores, acarretando, entre outras coisas, a perda da qualidade de vida nas grandes metrópoles. Para tentar diminuir esses problemas, é cada vez mais importante a criação de cidades planejadas que sigam um modelo estratégico detalhado, com vistas a minimizar os problemas comuns de um processo de urbanização desordenado e assegurar seu funcionamento de modo harmonioso e sustentável.” 
(ACR Arquitetura. Planejamento Urbano e sua importância no desenvolvimento de cidades sustentáveis. Obtido em: http://www.acr.arq.br/blog/importancia-planejamento-urbano)
Analise as afirmações abaixo e assinale a opção que apresenta apenas afirmações corretas.

I. O planejamento das cidades no Brasil é prerrogativa constitucional da gestão estadual.
II. No âmbito do meio ambiente urbano, os principais instrumentos de planejamento ambiental são o Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE, o Plano Diretor Municipal, o Plano de Bacia Hidrográfica, o Plano Ambiental Municipal, a Agenda 21 Local, e o Plano de Gestão Integrada.
III. A legislação brasileira impede os Estados de oferecer incentivos econômicos a pessoas físicas e instituições privadas que ajudam a conservar ou produzir serviços ambientais, como iniciativa de proteção à integridade do sistema ambiental global.
IV. Os planos setoriais ligados à qualidade de vida no processo de urbanização, como saneamento básico, moradia, transporte e mobilidade, constituem instrumentos de planejamento ambiental.
São corretas as afirmações:
a) I e II                         b) II e IV          c) I e III             
d) II e III           e) III e IV

Questão 5 – O uso do solo refere-se à forma de apropriação para as diversas funções da cidade. O planejamento do uso do solo procura abranger uma compreensão de todos os tipos possíveis de ocupação do território como moradia, trabalho e lazer, colocando esses usos em harmonia.
Quando falamos em subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou amplificação dos já existentes, estamos tratando de:
A) zoneamento urbano.
B) loteamento urbano.
C) desmembramento urbano.
D) revitalização urbana.
E) requalificação urbana.

Questão 6 A distinção dos espaços urbano e rural é cada vez mais difícil, pois o aumento da população e o desenvolvimento da indústria e dos transportes levaram à expansão da cidade para fora dos antigos limites; diversificaram-se as trocas cidade/campo e muitas áreas rurais começaram a apresentar uma diversificação profissional e funcional. A difusão da informação também contribuiu para uniformizar os modos de vida. Entretanto, há algumas variações de significados do que chamamos cidade.
Analise as afirmações abaixo do ponto de vista socioeconômico e espacial.
I. No espaço urbano predominam as atividades econômicas primárias.
II. No espaço rural a habitação é geralmente unifamiliar.
III. No espaço urbano são fracos os deslocamentos pendulares.
IV. No espaço rural a acessibilidade é fácil e adequada.
V. No espaço urbano a densidade populacional é elevada.
São corretas as afirmações:
A) IV e V.      B) III e IV.      C) II e III
D) I e II.          E) II e V.

Questão 7 – A sociedade moderna constituiu um sistema urbano verdadeiramente mundial, onde a urbanização de certas regiões não é autônoma do que acontece noutros pontos do mundo. As cidades modernas estão sendo moldadas pela tecnologia e os tempos atuais estão sendo condicionados cada vez mais pelo domínio das comunicações e da informatização. Neste contexto, desenvolvem-se as redes urbanas.
Avalie as afirmações sobre rede urbana.
I. Rede urbana é um espaço hierarquizado através da influência econômica, social, política e cultural.
PORQUE
II. As cidades não se distinguem apenas pela concentração de população, mas sobretudo, pela quantidade e pela qualidade dos serviços que oferecem, como escolas, hospitais, bancos, centros culturais, centros de abastecimento, universidades etc.
A respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
A. As asserções I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta de I.
B. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta.
C. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
D. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
E. As asserções I e II são proposições falsas.

Questão 8 – “As cidades guardam seu papel fundamental, pois formadas e formadoras da diversidade, atratoras e dispersoras de valores que nelas se transformam. As cidades, como notou Peter Hall, adquirem ou conservam sua importância na topologia urbana em escala regional ou global quando sua influência centrípeta é maior que a centrífuga. Esses polos urbanos não são resultado imediato de um determinado desenvolvimento econômico ou tecnológico, mas se formam pela sedimentação de valores nos lugares, sedimentação que, se integrada do processo tecnológico, não leva a uma estagnação, e sim a um poder de readaptação às mudanças.”
(DUARTE, Fábio. Cidades na sociedade de informação: clusters urbanos. Obtido em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/482)
Com respeito à evolução das cidades, analise as afirmações abaixo.
I. Produtos do crescimento horizontal, sobretudo pela ampliação das periferias das grandes cidades.
II. Grandes aglomerações urbanas que exercem sobre uma área de entorno ou até sobre cidades distantes uma forte influência em termos de economia, comércio, infraestrutura, tecnologia e cultura.
Nas descrições feitas em I e II, estamos falando, respectivamente, de:
A) metrópoles e conurbações.
B) conurbações e metrópoles.
C) megalópoles e cidades globais.
D) conurbações e cidades globais.
E) metrópoles e megalópoles.

Questão 9“Pensar mobilidade urbana vai muito além de restringir a circulação de automóveis, ampliar o número de ciclovias ou de linhas de metrô, de priorizar o transporte coletivo em detrimento do particular. Significa também encontrar alternativas de inserção segura e confortável de todas as pessoas na dinâmica da cidade, oferecendo múltiplas possibilidades para que elas possam ocupar o espaço público e por ele circular, transformando esse processo numa experiência rica de interação e integração social. Esse talvez seja o sentido mais profundo que o conceito de mobilidade urbana deva ganhar, enriquecendo o próprio significado que se possa atribuir à ideia de urbanidade e cidadania”. (SOUZA, J. C. Caminhos alternativos. Carta na Escola, nov. 2014. Disponível em: <http://www.cartanaescola.com.br>. Acesso em: jun. 2015.)
Um efeito sobre o modo de vivência no espaço geográfico ocasionado por políticas públicas de promoção da mobilidade urbana seria:
I. a concentração de pessoas e moradias nas áreas centrais da cidade.
II. a diminuição de condomínios fechados autossegregados.
III. a distribuição de veículos automotores para todos os estratos sociais.
IV. o reordenamento das paisagens no processo de reestruturação do espaço urbano.
V. a descentralização dos serviços e menor necessidade de deslocamento.
Os itens que se referem ao espaço urbano são:
A. I e III          B. II e IV        C. III e V       
D. IV e V       E. I e IV.

Questão 10A mobilidade urbana é uma das prioridades da pauta de planejamento das cidades modernas. O planejamento urbano, já estabelecido como diretriz pelo Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01), é instrumento fundamental necessário para o crescimento sustentável das cidades brasileiras.
Relativamente à mobilidade urbana, assinale a afirmação correta.
I. A Política Nacional de Mobilidade Urbana passou a exigir que os municípios com população acima de 1 milhão de habitantes, elaborem e apresentem plano de mobilidade urbana, com a intenção de planejar o crescimento das cidades de forma ordenada.
II.  A Lei determina que os planos de mobilidade urbana priorizem o modo de transporte motorizado e os serviços de transporte particular.
III. As cidades são grandiosos projetos arquitetônicos e, sendo assim, a arquitetura deve responder às suas funções básicas: morar, trabalhar, lazer e circular.
IV.   As necessidades dos condutores de veículos particulares não deveriam ser a prioridade de quem necessita da melhoria na mobilidade urbana, mas sim as daqueles que não conduzem veículos, porque quanto menos houver a necessidade de usar carro, melhor.
V. A arquitetura deve atender apenas o seu objetivo, que é projetar edificações atendendo às necessidades dos seus clientes; mobilidade urbana é questão dos poderes públicos.
A alternativa que apresenta apenas afirmações corretas é:
A) IV e V.       B) III e IV.      C) II e III.
D) I e II          E) I e V.

OBSERVAÇÃO:
As respostas às questões dissertativas são meramente orientativas para fins de avaliação.
Questão 11 – No dicionário, mobilidade significa “facilidade para se mover”. A ideia, então, é tornar esse movimento fluido e prático. Ônibus, metrô, outros transportes coletivos e carros fazem parte das soluções de mobilidade e têm o intuito de deixar a vida das pessoas mais fácil. Ou, pelo menos, é o que diz a teoria.
O que tem a ver a arquitetura e o urbanismo com a mobilidade urbana? Faça um texto de pelo menos doze linhas e responda a esta questão.
RESPOSTA:
A arquitetura e o urbanismo estão estreitamente ligados ao planejamento urbano e, portanto, influem diretamente na solução dos problemas de mobilidade urbana. Muitos consideram que o planejamento urbano se sustenta no uso do solo, no sistema viário e no sistema de transporte. Assim, no uso do solo o arquiteto e o urbanista são responsáveis por planejar a sua ocupação, estabelecendo os arruamentos adequados às atividades desempenhadas (residencial, comercial, industrial, etc.); à função (econômica) a que servem e ao tipo de estrutura das edificações. Assim, o tipo de ocupação do solo condicionará o fluxo de veículos que é esperado naquele setor (pessoas e/ou cargas, transporte individual e/ou coletivo) e o adensamento populacional, fornecendo ao arquiteto e ao urbanista os elementos necessários para proporcionar o deslocamento sustentável das pessoas em uma cidade, sempre focados em resultados positivos na qualidade de vida.

Questão 12 Leia o texto a seguir e responda as atividades.
(Trecho Do livro: O que é cidade – Raquel Rolnik – Ed. Brasiliense – 1988 – pág. 40-43)
“Nas grandes cidades hoje, é fácil identificar territórios diferenciados: ali é o bairro das mansões e palacetes, acolá o centro de negócios, adiante o bairro boêmio onde rola a vida noturna, mais à frente o distrito industrial, ou ainda o bairro proletário. Assim quando alguém, referindo-se ao Rio de Janeiro fala em Zona Sul ou Baixada Fluminense, sabemos que se trata de dois Rios de Janeiro bastante diferentes; assim como pensando em Brasília, lembramos do Plano Piloto, das mansões do lago ou das cidades satélites. Podemos dizer que hoje nossas cidades têm sua zona sul e sua baixada, sua “zona”, sua Wall Street e seu ABC. É corno se a cidade fosse um imenso quebra-cabeças, feito de peças diferenciadas, onde cada qual conhece seu lugar e sente-se estrangeiro nos demais. É a este movimento de separação das classes sociais e funções no espaço urbano que os estudiosos da cidade chamam de segregação espacial.”
Existem duas realidades distintas dentro da mesma cidade, a cidade formal em oposição à cidade informal. Diferencie estes dois tipos de ocupação do solo urbano.
RESPOSTA:
A cidade formal é compreendida pelos bairros de classe média e alta, e que possuem o título de propriedade da terra, ou propriedade privada. Esses bairros recebem investimentos do poder público, o que valoriza ainda mais o preço dos terrenos e construções. São bairros com boa infraestrutura e serviços públicos, o que contrasta com a cidade informal, representada pelas favelas e ocupações irregulares e ilegais, pois não possuem o título de propriedade da terra; portanto, consideradas "invasões" pelo capital imobiliário e poder público. Nesses bairros, faltam investimentos públicos e privados em infraestrutura e serviços urbanos, o que acirra ainda mais as precárias condições de qualidade de vida e exclusão social.
Questão 13 Uma das principais dificuldades encontradas nas grandes e médias cidades do Brasil é a questão do transporte coletivo. O transporte coletivo precário e deficiente é uma forma de segregação? Justifique sua resposta.
RESPOSTA:
Sim, as condições precárias de transporte coletivo são uma forma de excluir a população pobre de melhores condições de vida. Para este segmento da sociedade, o custo financeiro do transporte coletivo consome parte significativa de sua renda já limitada. Além disto, a qualidade dos serviços não oferece a esta população formas de melhorar a sua qualidade de vida. Geralmente, o tempo gasto neste serviço precário consome horas preciosas e gera na população sentimentos de inferioridade e exclusão.

ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

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sábado, 13 de abril de 2019

GLOBALIZAÇÃO


As desigualdades sociais e a cidade global

Muitos são os problemas enfrentados pelas cidades globais. Sejam elas dos países desenvolvidos ou dos em desenvolvimento. Nenhum dos aspectos pode caracterizar melhor esse fato do que as desigualdades sociais tão evidentes dentro da cidade global As cidades globais dos países em desenvolvimento enfrentam problemas de todas as ordens e natureza.
Um dos problemas mais graves enfrentados pelas cidades globais tem sido o desemprego. O que verificamos é que os setores de serviços financeiros, marketing, alta tecnologia, estão colhendo lucros bem maiores do que jamais renderam os setores econômicos tradicionais. Assim, com a escalada contínua dos salários e das bonificações das áreas mais especializadas das camadas mais ricas, caem os salários dos trabalhadores empregados em serviços considerados de segunda categoria – segurança, limpeza, secretaria. O que testemunhamos é a valorização do trabalho que está na vanguarda da nova economia global e a crescente desvalorização do trabalho que se desenrola atrás dos bastidores. Essa situação se agrava mais ainda nos países em desenvolvimento.
A partir de uma entrevista feita com o geógrafo Milton Santos, em 4 de janeiro de 2001, é discutido o tema da globalização e seus efeitos nos países em desenvolvimento. Neste documentário, Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá, dirigido por Silvio Tendler, Santos reflete sobre as contradições do processo de globalização que considera uma globalização perversa e propõe uma outra globalização. O cineasta entrevista um conjunto de intelectuais e estudiosos que conhecem o pensamento de Santos como, Paul Claval, Maria Adélia Aparecida de Souza, Roberto Lobato Corrêa, Manoel Correia de Andrade, Carlos Walter Porto-Gonçalves. O documentário nos ajuda a pensar os aspectos e singularidades da globalização no Brasil e no mundo.

Texto complementar
Milton Santos
A globalização pretende ser homogeneizadora, como presença obrigatória em todos os continentes e lugares. E a promessa de construção de um mundo só estaria incluída nesse movimento. Todavia, tal pretensão até agora apenas renova disparidades e cria novas desigualdades, o que é devido à violência dos seus processos fundadores, todos praticamente indiferentes às realidades locais. A aplicação brutal de princípios gerais a situações tão diversas é criadora de desordem. Por isso mesmo, a globalização beneficia apenas uma parcela limitada de atores, enquanto causa transtornos e danos à maioria das empresas e das pessoas.
Segundo as condições preexistentes nos países ou como resultado da forma como estes se dispuseram a participar do novo período histórico, os territórios e as populações conhecem uma variedade de impactos, características de sua situação atual. Há, desse modo, países mais ou menos sensíveis ou mais ou menos infensos aos resultados do processo globalitário.
Este representa uma vontade arrebatadora de dominar o mundo, para afeiçoá-lo à sua imagem, mas as consequências variam segundo as condições locais de adaptação à nova ordem e o próprio interesse das nações hegemônicas.
O caso do Brasil é típico. Trata-se de um país cujas elites são caracterizadas por um gosto ancestral pelas modernidades. Sua história é uma sucessão de aberturas, nem sempre confessadas, mas que redundam num processo de imitação, às vezes grotesco, mas considerado moderno. Para isso contribui de modo marcante a força das mencionadas elites na formulação do que se pode chamar de um retrato do Brasil; e até mesmo uma boa parte das elites intelectuais parece haver renunciado à constituição de uma ciência própria, contente de ir buscar lá fora aprovação e legitimação para suas práticas intelectuais. Com a emergência e expansão das classes médias ainda mais água foi levada a esse moinho, movimento para o qual o papel amolecedor do consumo foi determinante.
Outro problema enfrentado pelas cidades globais é o déficit habitacional. Quanto mais essas cidades se sofisticam mais crescem as contradições no espaço urbano. Os mais prejudicados são os trabalhadores de baixa renda, que não podendo arcar com aluguéis e nem prestações de imóveis altos, investem seus parcos recursos em imóveis na periferia da cidade. Grande parte dessas áreas sofrem com a escassez de serviços urbanos básicos.
As políticas públicas investem quase sempre no centro das cidades e nas áreas mais valorizadas das cidades globais, para as áreas marginalizadas sobram poucos recursos. A maior parte dessas pessoas não vive no que normalmente entendemos por cidades, mas em imensos subúrbios sem infraestrutura e serviços, os quais escapam a qualquer conceituação tradicional.
Recentemente, esse país já aberto deu sinais de querer abrir-se todo, a abertura sendo a principal palavra de ordem na economia, na cultura e na política. Os postulados essenciais da política econômica e até mesmo da política social são importados como um pacote fechado. É dessa forma que o Brasil se torna paralelamente um país desarmado; e, o que é pior, desarmado de dentro. E isso implica a falta de apetite para uma discussão mais aprofundada das opções que poderia seguir. Foi assim que a nação, tornada indefesa por suas próprias mãos, tornou-se uma presa fácil para tudo o que foi sugerido de fora, sem outra consideração que a obediência a esse credo. Entre os próprios bolsões de resistência, as demissões foram se dando cada vez mais numerosas, inclusive nas elites intelectuais cujo dever, entretanto, seria o de pensar criticamente as novas situações, de modo a oferecer visões diferentes e apontar as opções cabíveis. É significativo assinalar que entre as mencionadas elites intelectuais rareou a busca de interpretações globalizantes do país, ampliou-se o desinteresse pela questão nacional e, num plano mais alto, reduziu-se o debate sobre a própria questão civilizatória. Tudo isso, ajudado pelo papel da propaganda, da moda e da mídia, acaba por ter um papel claramente deformador na formação da consciência das gerações montantes, ao mesmo tempo em que as diferentes manifestações de cidadania se tornam ainda mais difusas e débeis.
Esse conjunto de circunstâncias explica a relativa demora da opinião pública para se aperceber dos malfeitos da globalização perversa e, em consequência, elaborar um conjunto coerente de ideias e interpretações da nova realidade nacional, de modo a influir eficazmente na vida política mediante a influência que possam ter sobre a doutrina e a prática dos partidos.
Agora, finalmente, parece que a nação acorda, ainda aturdida pelo pesadelo em que vive. É auspicioso constatar que ela está dando mostras de estar chegando a um limite quanto à aceitação da situação que se criou com a aceitação sem peias do processo de globalização. Falta, sem dúvida, que as manifestações de violência ou revolta, de inconformidade ou de desconforto que atingem a maioria da população, parem de ser aceitas e tratadas como fatos isolados e que se reconheça a vida sistêmica de todos esses males e de todas essas reações aparentemente excepcionais. Dessa forma, ver-se-á que a sua existência é devida aos efeitos da globalização perversa, que a atual política econômica insiste em preservar. Será a partir desse marco que os movimentos sociais poderão ser reestruturados e que a vida partidária poderá obter um novo elo, de modo tal que a atividade política possa dar maior atenção aos interesses da nação e ao bem-estar das classes populares.
Fonte: http://pessoal.educacional.com.br/up/4770001/1306260/t1311.asp. Acesso em: 20 de dez 2009.


Visando amenizar as contradições, os planejadores/empreendedores urbanos convertem a rua – que um dia foi vital para o pedestre – em via de trânsito rápido e contínuo e transformam parques e praças públicas em áreas estéreis ou em receptáculo temporário de moradores de rua. A cidade global possui várias centralidades, umas das mais importantes, além do Centro, são os mega-shopping centers que, quase sempre, localizam-se nas áreas mais valorizadas da cidade global. O shopping se transformou no espaço de compras e consumo onde o citadino busca resolver suas angústias existenciais e se sente seguro diante das câmeras do policiamento privado.

Governando as cidades globais

A cidade moderna convive hoje com duas realidades que causam profundas transformações no seu conteúdo e forma. Assim como a globalização, a urbanização também produz contradições. Seus efeitos sobre a cidade tanto podem ser criativos como destrutivos. Por um lado, estimula a concentração de pessoas, mercadorias, serviços, ideais e oportunidades. Por outro, fragmenta o espaço urbano, enfraquece a coesão entre os lugares, as tradições e as redes de relações.
A urbanização também estimula o individualismo, as neuroses urbanas e a violência. Quanto mais complexa a realidade urbana maiores são as possibilidades de se desenvolver determinadas neuroses urbanas. A violência urbana é o mal que assola as comunidades que vivem em centros urbanos. Abrange toda e qualquer ação que atinge as leis, a ordem pública e as pessoas. Muitas são as causas da violência. A principal delas é a exacerbação das desigualdades sociais que se expressam na paisagem urbana das cidades globais.
O desemprego, os baixos salários, a falta de acesso a educação, saúde e segurança, são apenas alguns serviços de que carece grande parte da população urbana. Ao mesmo tempo em que a globalização agrava os problemas enfrentados por cidades do mundo inteiro, ela também proporciona espaço para que as cidades se tornem lugares de produtividade e competitividade. As cidades globais nas últimas décadas ganharam uma importância nunca vista à medida que os estados-nações têm cada vez menos condições de administrar as tendências globais. Por outro lado, os estados-nações continuam grandes demais para lidar com questões das áreas urbanas cosmopolita, questões de natureza local.
Nesse sentido, o papel das cidades enquanto agentes políticos e econômicos só tende a crescer. Os administradores municipais hoje conseguem lidar melhor com os efeitos da globalização. As cidades, em função da sua estrutura de comunicação e transporte podem contribuir mais para a produção de riqueza, promover a integração sociais e cultural e servir como base e foro de acesso para a atividade política. Nos últimos anos os prefeitos estão assumindo responsabilidade em âmbito político de grande importância, visando cumprir a agenda urbana, que tem se tornado cada dia maior.
Assim, com o progresso da globalização, é provável que o papel das cidades se amplie ainda mais nas próximas décadas. Muitos dos problemas enfrentados pelas grandes cidades globais estão, na realidade, vinculados a questões internacionais, como os problemas ambientais, a tecnologia de informação, a integração econômica, a migração e o comércio.

Resumo
Nesta aula, vimos como o processo de globalização afeta o conteúdo e a forma das cidades globais. A globalização não é apenas um fenômeno econômico, mas, sobretudo, cultural que afeta as populações nos seus lugares de moradia. Esse um processo complexo e muitas vezes difícil de se compreender, tendo-se em vista as várias relações que se estabelecem no âmbito do espaço urbano, está na ordem do dia dos cientistas sociais. Nas últimas décadas as cidades globais adquiriram uma grande importância. Grande parte da economia mundial passa por essas cidades Elas, através da participação das empresas transnacionais, determinam as condições econômicas dos circuitos globais. Ao mesmo tempo em que a globalização traz desenvolvimento econômico e social, ela (globalização), também, contribui para aprofundar as diferenças sociais nas cidades. Hoje essas cidades lidam com grandes contingentes populacionais, com o desemprego em massa, com os problemas ambientais, com o déficit habitacional e com a violência urbana.
Os prefeitos e administradores urbanos, através dos urbanistas e empreendedores, tentam através de seus planos estratégicos amenizar os problemas urbanos. No entanto, o que temos observado é a exacerbação das contradições urbanas e o fortalecimento dos governos locais, que buscam formas de investir nas cidades, visando amenizar o desemprego e as contradições aí existentes.

SILVA, Regina Celly Nogueira e MACÊDO, Celênia de Souto. Geografia Urbana. Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade Estadual da Paraíba. Programa Universidade a Distância.

ATIVIDADE AVALIATIVA 8-2019

- Por que Milton Santos afirma que a globalização beneficia apenas uma parcela limitada de atores, enquanto causa transtornos e danos à maioria das empresas e das pessoas?
Porque ela acentua as disparidades econômicas e sociais tanto entre países como entre as empresas e as pessoas. Ela tem gerado alta concentração financeira e acentuado avanço tecnológico entre os mais ricos e, por outro lado, acentuado a pobreza, a estagnação economia e o atraso tecnológico dos países, empresas e pessoas pobres. A maioria destes últimos encontram-se endividados e submetidos à condição de fornecedores de produtos primários, serviços de baixa qualificação e mercado de consumo de bens de alta tecnologia dos mais avançados.
- Para Milton Santos, qual o papel dos movimentos sociais em um mundo globalizado?
O papel dos movimentos sociais na luta pelos direitos é de denúncia e enfrentamento das imposições que se fizeram sobre os países e especialmente sobre a maioria de sua população que só acentuam as disparidades ao invés da equidade entre as diversas camadas da população. Mostrar que os fatos que se sucedem (desemprego, carestia, perda de garantias, marginalização) não são isolados, mas fazem parte de uma globalização voltada para os interesses das classes e países dominantes.
- O que Milton Santos quer dizer quando se refere a globalização como globalização perversa?
A globalização pretende ser homogeneizadora, como presença obrigatória em todos os continentes e lugares. E a promessa de construção de um mundo só estaria incluída nesse movimento. Todavia, tal pretensão até agora apenas renova disparidades e cria novas desigualdades, o que é devido à violência dos seus processos fundadores, todos praticamente indiferentes às realidades locais. A aplicação brutal de princípios gerais a situações tão diversas é criadora de desordem. Por isso mesmo, a globalização beneficia apenas uma parcela limitada de atores, enquanto causa transtornos e danos à maioria das empresas e das pessoas.