Texto-base: Dinâmica
populacional, urbanização e meio ambiente [livro eletrônico] :
[pesquisa/texto John Sydenstricker-Neto, Harley Silva e Roberto Luís Monte-Mór]
. -- Brasília : UNFPA-Fundo de População das Nações Unidas, 2015.
1. Defina: taxa de natalidade, taxa de
mortalidade, crescimento demográfico, transição demográfica.
- Taxa de natalidade: representa a
relação entre o número de nascimentos e de habitantes de um determinado local.
O cálculo é feito a cada mil habitantes, e o resultado é dado em permilagem
(número por mil).
- Taxa de mortalidade: representa
o número de óbitos ocorridos ao longo de um ano. Esse indicador é
calculado a cada mil habitantes e reflete a relação entre o número de óbitos
anuais e de habitantes de um determinado local. O resultado obtido por meio do
cálculo é dado também em permilagem.
-
Crescimento demográfico ou crescimento populacional é a mudança
positiva (aumento) do número de indivíduos de uma população. A taxa de
crescimento demográfico é a variação do número de pessoas num determinado
espaço de tempo.
Taxa de crescimento demográfico = (Nf -
Ni) / t, onde
Ni = número de indivíduos no início do
período considerado
Nf = número de indivíduos no final do
período considerado
t = duração do período considerado.
2. Explique detalhadamente os regimes
demográficos tradicional, de transição (1ª e 2ª fase) e moderno estabilizado.
No regime demográfico tradicional, durante uma
longa fase da história, a natalidade e a mortalidade mantiveram-se elevadas e
próximas, caracterizando um crescimento populacional lento. (Guerras,
epidemias e fome dizimavam comunidades inteiras.)
A 1ª fase de transição demográfica é marcada pela aceleração
crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade já que as taxas
de natalidade, ainda, permaneceram algum tempo elevadas. (A Revolução
Industrial, o processo de urbanização e de modernização da sociedade foram
responsáveis por um crescimento populacional acelerado. Conquistas sanitárias e
médicas tiveram impactos diretos na saúde pública e, consequentemente, na queda
das taxas de mortalidade.)
A 2ª fase de transição demográfica
é marcada pela diminuição da taxa de natalidade mais acentuada que a de
mortalidade e desacelerando o ritmo de crescimento da população. (Diminuição
das taxas de fecundidade, ou seja, o número médio de filhos por mulher em idade
de procriar, entre 15 a 49 anos, provocou a queda da taxa de natalidade.)
No regime demográfico moderno a taxa de fecundidade
diminui, estabiliza-se a taxa de mortalidade em nível baixo e o crescimento
demográfico mantém-se em um nível moderado. (Demarca o desenvolvimento urbano,
a difusão de métodos contraceptivos e a queda das taxas de natalidade, que se
relacionam, sobretudo, à inclusão da mulher no mercado de trabalho.)
3. Explique por que o Brasil, a partir de 1970,
experimentou uma acentuada transição demográfica.
A partir da década de 70, o processo de urbanização foi
intenso, houve uma mudança muito grande no padrão familiar, com família menos
numerosas, difundindo-se os métodos contraceptivos. Residindo nas cidades, as
pessoas passaram a ter maior acesso aos serviços de saúde, fazendo diminuir a
taxa de mortalidade, especialmente a mortalidade infantil. A vida urbana
proporciona maiores oportunidades de sobrevivência e bem-estar, e as pessoas
passaram a ter maior expectativa de vida.
4. Quais as consequências, para a
arquitetura e o urbanismo do regime demográfico estabilizado?
No regime demográfico estabilizado a arquitetura e o
urbanismo têm melhores condições de cumprir o seu papel na melhoria das
condições de vida, integradas à uma boa qualidade ambiental e um planejamento
urbano eficiente.
5. Comente, na perspectiva do autor: “Assim, longe de ser vista apenas
como problema, a cidade pode ser vista como alternativa e lócus de
oportunidades.”
Na cidade muitos problemas se concentram e suas
interações provocam o acirramento das questões sociais, econômicas e
ambientais. Entretanto, a cidade também oferece oportunidades de melhoria das
condições de vida e, neste sentido, ela exerce grande atrativo às pessoas.
Assim, cabe-nos reconstruir aquilo que a falta de planejamento e controle
permitiram destruir e buscar novas formas de urbanização que proporcionem o
equilíbrio entre a sociedade, a natureza e os resultados econômicos.
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