Questões baseadas no texto:
BORJA, Jordi.
Espaço público, condição da cidade democrática: a criação de um lugar de intercâmbio. Obtido em: https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/06.072/353
ATENÇÃO: As respostas são apenas orientativas para fins de avaliação.
1. Explique a afirmação de que o elemento central do
urbanismo de nossa época é o urbanismo entendido como o fazer da cidade um
lugar de intercâmbio.
A cidade abriga multidões, mas sem os espaços
públicos os indivíduos ficariam isolados uns dos outros. A sociedade pressupõe
convivência, troca de informações, produtos e projetos, o prazer dos encontros
pessoais nas ruas, praças, bares, restaurantes e outros locais, em ambientes
descontraídos, apropriados ao lazer e à diversão. Portanto, o urbanismo deve promover o intercâmbio, projetando espaços públicos em quantidade e qualidade, porque isto é o elemento central da qualidade de vida urbana.
2. O que seriam o processo de apropriação privada
da cidade e o processo de apropriação social da cidade?
Grosso modo, o espaço urbano é constituído de
espaços públicos e privados. A apropriação privada é aquela que limita o uso do
espaço a proprietários, particulares ou não, os quais impedem o acesso ao
público em geral ou o restringem para explorá-lo economicamente. O espaço
torna-se, então, privativo para determinados indivíduos ou instituições.
A
apropriação social é a criação de áreas de uso público dentro do espaço, para que todos possam usufruir sem
restrições.
3. Por que, na visão do autor, estariam ocorrendo
dinâmicas que negam o processo social democrático da cidade através do espaço
público?
Para o autor, existem espaços que teoricamente são
públicos, mas que na prática o seu uso não é democrático, porque são destinados
àqueles que têm privilégio de uso. Ele dá como exemplo as vias de circulação de
veículos, que favorecem àqueles que têm carro particular. As ruas e avenidas
são alargadas, tomando o espaço das calçadas, e praças são destruídas para a
construção de viadutos. Embora isto não seja privatização do espaço, é um
processo que vai contra o uso democrático, porque não atende a toda a
população, sem restrições.
4. Descreva dois critérios que o autor
estabelece sobre a atividade econômica no espaço público.
Primeiro critério: As cidades nasceram como centro de
comércio, que ainda hoje é a função que transforma o espaço urbano em um local
vibrante. As atividades econômicas devem ser estimuladas, porque elas geram
riqueza e tornam a cidade mais dinâmicas.
Segundo critério: Favorecer a integração do comércio às concepções urbanísticas e cuidar especialmente do que o autor chama de gestão dos primeiros andares, isto é, os locais que fazem frente ao espaço público, garantindo segurança das pessoas que ali vivem e transitam, porque sem isso não haverá animação urbana. Muitas pessoas desistem de sair, de passear nos locais públicos, porque se tornaram perigosos.
Segundo critério: Favorecer a integração do comércio às concepções urbanísticas e cuidar especialmente do que o autor chama de gestão dos primeiros andares, isto é, os locais que fazem frente ao espaço público, garantindo segurança das pessoas que ali vivem e transitam, porque sem isso não haverá animação urbana. Muitas pessoas desistem de sair, de passear nos locais públicos, porque se tornaram perigosos.
5. Reflita sobre a afirmação do autor: “quando se
atue na cidade existente, também é preciso ter um grande respeito pela
história.” Então, pense na cidade em que você mora e descreva o que se
encontra na história de sua cidade que deve ser respeitado pelos urbanistas.
A identidade de um povo tem relação com sua
história; o mesmo vale dizer para uma cidade. A história de uma cidade
constitui-se eventos marcantes, monumentos, paisagens, culturas etc. e tudo
isso interagindo ao longo do tempo. Daí se estabelecem os valores, que mudam com
as gerações, mas que precisam ser compreendidos e respeitados pelas gerações
mais novas, buscando preservá-los o quanto possível. Essa história deixa marcas
que às vezes são o que de mais belo a cidade pode exibir, e que a tornam atrativa
e dinâmica. Por exemplo, o que diferencia Paracatu das outras cidades da região
é a existência de um Núcleo Histórico e de uma gastronomia representada pelas
quitandas cujo modo de fazer remonta ao ciclo do ouro. Essas marcas podem ser base de atividade turística. Entretanto, grande parte
do Núcleo Histórico foi desfigurado por intervenções urbanas que não levaram em
conta essa história, como o asfaltamento que cobriu as ruas calçadas de pedra e
a demolição de casas antigas para facilitar o trânsito de veículos.
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